quarta-feira, 28 de setembro de 2011

almost lie

Ao longe, qualquer pessoa é capaz de ver o brilho que molda os meus olhos e a minha alma. Tudo em mim é sorrisos, boa disposição e bem-estar. Ter-te comigo todos os dias é tão reconfortante que me sinto mais forte, e a única coisa que me apetece fazer é dar-te a mão e dar um passo em frente do destino; tocar-te, beijar-te e abraçar-te todos os minutos deixa-me outra pessoa. Connosco é sempre tudo tão bom e seguro que por mim vivia apenas a alimentar-me da tua presença. Sempre te disse que és o meu porto de abrigo, o ombro onde choro, e que é contigo que quero passar o resto da minha vida. Agora, tudo parece tão fácil. Se me dissessem que o meu futuro seria este, eu nunca teria acreditado: teria dito que não era merecedora de tanto bem. 
Antes, as nuvens tapavam o sol e com a ausência dele, também se ausentava a minha vontade de viver; os dias passavam devagar e o meu corpo mal se arrastava... Não tinha vontade de sair da cama e muito menos dos meus sonhos - o único local onde era feliz. Mas actualmente o sol brilha e quase ouço os pássaros chilrear. Contigo tudo é surreal, cor-de-rosa, arco-íris e música alegre.
Nada consegue quebrar a corrente invisível que está entre nós, meu amor. Nada.
Fernando Pessoa diz que o poeta é um fingidor.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

gé.

Ultimamente talvez não esteja a ser correcta, ou talvez esteja simplesmente a fugir aos problemas. Não sou daquele tipo de pessoa que gosta de fazer parte de confusões ou de discutir. Mas a verdade é que também não sou o tipo de pessoa perfeita para com os amigos. Erro, erro muito. E muitas vezes, só depois de o fazer é que dou conta. E agora, tantas vezes que olho à minha volta e vejo que não sou aquela pessoa que toda a gente gostaria de ter a amizade. Maior parte do tempo não entendo porquê. Sou demasiado mole e deixo as pessoas darem um passo à minha frente sem me mexer. Claro que também há momentos bons, e muitos. Mas é isso que sinto.... A minha forma de ser foi moldada para ser suave como seda - ao mínimo toque, degrada-se
Depois existes tu, uma das pessoas sempre disposta a defender-me de um furacão, uma tempestade, um trovão, qualquer coisa que se aproxime de mim para me magoar. Não deixas que ninguém passe à frente de quem te deu amor e te entregou parte do seu coração; não permites que lhe retirem sequer um pedaço de alma.
Tu és assim, lutadora e defensora. Mas também há momentos em que erras, tal como todas as outras pessoas.... Há momentos em que choras, em que todo o corpo te dói apesar de não teres feito esforço físico, em que o teu mundo desmorona e só te apetece esconderes-te numa gruta em que te aconchegues e deixes que o tempo cá fora amaine. Em todos esses momentos eu estive, estou, e estarei disposta a oferecer-te um pouco do meu aconchego, um dos meus ombros e todo o meu amor para te consolar: porque eu vou estar sempre aqui.
E não é pelo facto de eu ser uma fraca que eu te vou perder. Eu recuso-me. A nossa amizade é algo tão importante para mim que nem consigo olhar em frente imaginando-a fora da minha vida, longe do meu olhar. Somos metades tão iguais em certos aspectos e tão diferentes noutros. Mas somos como irmãs - gémeas - porque ao longo do tempo que foi passando, atravessámos todas as zangas dando-lhes um pontapé, expulsando-as para longe. Partilhámos tanto minha princesa. Nunca me deixes, por favor. Amo-te mana.
Desculpa por tudo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

um olá repentino

Fui-me deixando descair da corda bamba, levando o meu destino a percorrer trilhos desnecessários e a largar-me na exaustão. Acho que cansei o meu cérebro demais e não deixei o coração dar a sua opinião. Fui deixando isto para trás, o amor que tenho para dar ser esquecido, e com tudo isso bem misturado numa taça velha deu o resultado de ter a inspiração a zeros. Existe tanta coisa na vida que ainda quero fazer, tanta coisa que quero dizer... Nenhum dos sonhos dos quais sou feita deve ser deixado de parte, porque isso quereria dizer que eu própria tinha deixado um pouco de mim de lado; e eu não posso ser assim. Há que ser inteira, colocar as mãos em punho, dar um passo em frente na vez de dois de caranguejo, não se deixar ser alvejada por ter preguiça de se afastar da bala e por não querer encarar o medo. Preciso de alcançar o horizonte! Ele chama por mim a gritos que ecoam no meu cérebro. Ele quer-me, e eu quero-o a ele. Espera por mim, bocadinho de nada, espera por mim: mas deixa-me também aproveitar o pouco que há de bom da vida para ir alegremente a teu encontro.

(peço desculpa se não respondi a algum comentário ou não segui alguém de volta, se o fiz não foi por mal visto que ultimamente a minha conta google tem-me dado problemas)