quinta-feira, 24 de junho de 2010

simple thing


«When I saw you, I know
That you can make me believe

Now I can’t forget you
My First Love…

You’ve touched my soul with your first kiss
And I can see into your eyes
Now I’m in love with you
My First Love…

(...)

You’re the only one
Who can make me believe
Now and Forever
My First Love»


Uma sensação diferente acompanhada de uma espécie de dejá-vu, um aglomerado de batimentos cardíacos com o piscar irregular de olhos; um primeiro passo, uma respiração ofegante. a secura nos lábios, a vontade de tocar. um arrepio desde a ponta dos pés até à ponta dos cabelos que caem sobre as costas de uma forma descontraída. um pequeno gemido de medo que sai sem querer, e um vermelho que aparece na cara quando não deve aparecer; o vento corre contra as nossas costas, e o arrepio é substituído por um calor imenso que se entranha no mais pequeno poro. as costas, as pernas, os braços, a testa, tudo passa a estar mais quente, como se aquele fosse o momento pelo qual esperava toda a vida. (e não era mesmo? sim)

outro passo, mais cuidadoso. a cabeça levanta-se devagar, ao mesmo tempo que os nossos olhos se arregalam e param de mexer: a surpresa chega. a nossa alma alivia-se, e enche-se de paixão. o ser que nos atordoa todo o corpo está à nossa frente, a observar todos os pormenores do nosso corpo, e sorri de uma forma terna, dando outro passo. de uma forma involuntária (visto que na imaginação tudo isto já tinha sido feito milhões e milhões de vezes) os nossos braços abrem-se e devoram-no como se fosse uma presa que tinha de caçar. o nosso coração palpita loucamente, de tal forma que o outro se ri baixinho, sentido tudo o que está a acontecer. o pescoço endireita-se, e olhamo-nos nos olhos: brilham, e é possível distinguir os meus nos seus, a brilharem ofuscantemente. meio segundo depois os lábios deixaram de estar secos, e o coração quase salta fora do peito. os dedos entrelaçam-se fazendo um nó cego e tudo desaparece da mente, tudo se esvai. os nossos pés descolam da terra e sentimos asas nas nossas costas.

é tudo isto, e muito mais. uns pequenos movimentos que nos fazem sentir alguém.

love can do what no one else can do.

domingo, 20 de junho de 2010

carousel of love,


i want to travel with you
because you take me to the other side of the world,
and more than everything
you make me feel alive,
like when a child looks at your horses for the first time.


as palavras escritas noutra língua, parecem sempre mais poéticas.
mas agora, vou escrever para ti na língua com a qual me entendo melhor...

sabem quando no meio dos nossos sonhos nos sentimos cair? que parece até que o coração nos salta pela boca fora? é nesses mesmos momentos que me sinto viajar verdadeiramente. como se fosse necessário um pouco de adrenalina para me sentir viva. como se todas as outras viagens fossem inúteis e não significassem nada para me compor.
e é por isso que achamos sempre que precisamos de amar para nos sentirmos alguém. trocando isto por miúdos: para conseguirmos ser felizes necessitamos de alguém que nos diga «amo-te» todos os dias.
e é por isso que em todos os dias que passamos nós somos crianças. um enorme grupo de crianças que só quer um rebuçado para serem felizes. daquelas que se sentem sós e que precisam de um amigo a cada dia da semana para brincarem e se sentirem completas.
quem é que não se lembra da primeira vez que andou num carrossel? quando os nossos olhos vislumbraram todas aquelas cores luminosas, aquela música tão apetecível que quase a devorávamos com os nossos ouvidos, a vontade de saltar para cima de um dos cavalos dignos de príncipes e de princesas e voarmos pelo infinito. ou para infinito... essa é uma das partes das quais não me lembro muito bem.
nós somos as crianças, e o nosso grande amor é o rebuçado - que nos regala o coração, que nos suaviza a boca, que nos dá forças, que nos faz querer mais e mais.
entremos então todos para o carrossel; viajemos para ou pelo infinito (é à escolha). mas o mais indicado é o tal, o que está na cabecilha de toda esta trama: leva-nos para lugares que nunca pensámos passar, a sensações que nunca pensámos sentir, a coisas que nunca pensámos ver.
mas faz-nos felizes. mais na primeira vez, não é verdade? depois, torna-se repetitivo. tão repetitivo que nos cansa.
é por isso que dizemos que o primeiro amor é sempre o mais forte, o mais verdadeiro. tal como a primeira volta no carrossel: a mais fantástica, a mais divertida, a que fica sempre na memória, por ser algo novo.
não é mais fácil ficarmos de fora a observarmos as crianças e lembrar-nos do quão foi boa a sensação de entrar pela primeira vez nessas voltas e revoltas de sentimentos? demos a vez aos outros. a felicidade é precisa em geral.
e o amor também.

domingo, 13 de junho de 2010

hello



what are you waiting for?
look through my eyes,
you think that they are smiling like the sun?
no.
they feel your lack,
and my heart miss you too.

back to our home.

as minhas mãos puxam-te com força. mas ao mesmo tempo sentem um vazio no meio delas. e eu acredito que estás perto, mas a milhas de distância. sem ti comigo, eu perco-me do mundo e do meu rumo. fujo de casa sem horas de voltar, e fico sem noção do caminho para o qual voltar.
o meu coração puxa-me para Oeste, para onde estás, onde andas caminhando também sem mim. oeste, oeste, oeste - tão longe como o resto do mundo.
agora não são uns poucos (muitos) passos que nos separam. é um oceano imenso. um oceano de dor. com muito sangue e vítimas pelo meio, com mil e um bichos que estão mais perto de ti do que eu própria.
e eu, que tanto te quero perto de mim e isso não acontece? é que quanto para mais oeste estás, mais o vazio aumenta. enquanto pessoas que não te conhecem como eu conheço têm a possibilidade de estar perto de ti, eu estou aqui, à espera que voltes para casa. à espera que voltes para junto de mim, para o nosso aconchego. deixaste a marca da tua cabeça na almofada, e os nossos lençóis cheiram a mar e areia, os dois num só. cheiram a verão e à frescura do nosso sentimento - que tem o brilho do sol e a beleza da lua. agora a nossa música toca na telefonia, e eu ainda sinto mais uma falta profunda de ti. como se uma peça me fosse retirada do coração... não demores.
vamos voltar à nossa rotina. vem dizer que me amas a todas as horas do dia, vem; vem abraçar-me a todos os momentos, vem; vem acariciar o meu cabelo, vem; vem para perto de mim, VEM!
há quem diga «não olhes para trás» mas eu digo para olhares: estou aqui, à tua espera, e não vás mais sem mim.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

parte de mim


pego na tua mão, dou-lhe um beijo e digo: é agora que dizes que me amas?

todos os dias sinto-me nas nuvens, não apenas por te ter comigo, mas por gostares de mim.
sei que não é da forma maior que existe, mas é profunda. um sentimento sincero, aberto, e que toda a gente tem a capacidade de ver. como um livro com a página aberta a meio. toda a gente o lê, toda a gente o sente, toda a gente é atordoada pelas vibrações que ele transmite, até que passa a fazer da sua própria vida.
vamos voar para um céu só nosso; vamos?
sinto o teu perfume se estiveres numa ponta da cidade e eu na outra, reconheço-te à distância. sinto o reluzir dos teus olhos ofuscarem os meus. sim, dos teus olhos perfeitos cor de mel. a cor mais linda de todo o mundo - apenas por ser a dos teus olhos.
quando é que me levas para bem longe daqui?

leva-me para sítios onde nunca fomos. leva-me para locais desconhecidos... mas leva-me contigo.
dá-me a tua mão.

sinto falta de ti, falta do teu toque, falta de mim, quando estamos longe.
sinto isso todos os dias.
um dia deste pego em ti, nas nossas malas e fujo para longe.
posso dizer que neste caso sou egoísta, porque te quero só para mim, em todos os momentos. como se fosses um amuleto, sempre comigo.
posso dizer até que és como o meu esqueleto: uma base. para tudo e todas coisas. para o que der e vier.
mas neste momento, só sei que me apetece ter-te aqui comigo. sentia-me mais aconchegada, tenho a certeza. sentia-me mais segura, tenho a certeza. sentia-me mais feliz, tenho a firme certeza.
és tudo e mais um bocado de mim: és o meu abrigo, a minha casa, o meu cobertor, a minha almofada, o meu amparo.
simplesmente fazes parte de toda a minha vida, desde a mais simples ponta de cabelo até ao perfume que uso todos os dias. os meus ínfimos pormenores são tu. tu próprio és eu.
e então...