sábado, 19 de setembro de 2015

Clichés


Hoje decidi que é tempo de mudança porque a mudança vem sempre a tempo. Tomei a decisão de que é tempo de deixar de me lamuriar por coisas que já passaram e que não tiraram bilhete de volta. O mundo dá tantas voltas como as que a vida dá, e tentar andar ao contrário da rotação terrestre é burrice e perda de tempo. Se não dá, não dá. Se não deu, nunca voltará a dar. As pessoas deixaram de se encaixar e moldar umas às outras, deixaram de pedir desculpa e de dizer Adeus com aviso prévio. Deixaram de se importar com os sentimentos de quem quer que seja, e não se importam de calcar os nossos pés enquanto tentamos dançar uma valsa.
A aventura começou, e é altura de partir à descoberta. Uma vez, não há muito tempo, li que aquilo que deixamos para trás nunca é melhor do que aquilo que nos espera em frente. É preciso levantar a cabeça, desta vez a sério, e ficar com este pensamento firme: existe muito mais por aí do que aquilo que imaginamos. Já faz muito tempo que decidi deixar para trás aquilo que me fazia pior, mas é mais fácil dizer que isso vai acontecer do que fazer com que aconteça. Vamos arrastando a pele que já devia ter saído do nosso corpo por aí, guardando no bolso o esqueleto de amores perdidos, de desamores e dissabores, de amizades desfeitas… É tempo de mudar o tempo. De apagar da nossa história toda essa carga que carregamos nos ombros. Dar o nome certo ao que as coisas são, sem adicionar adornos. É. Foi. Será.
É altura de te/vos arrancar do fio ao qual se prendem ao meu coração, e vos atirar borda fora. Preciso de espaço para mais dores, dissabores, mas também alegrias e felicidade. Preciso de mim, como era antes de ti. Embora seja experiência, que não passe disso.

E ao contrário de muitos, eu digo: Adeus. Não é um Até Já.