segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

aqueces-me nos dias de inverno

Neste dias sem cor pelos quais temos passado, a depressão parece ser o sentimento mais óbvio a seguir. Chuva, neve, e frio.
Uma boa combinação seria um sofá confortável, lareira acesa, uma caneca de chá bem quente, um cobertor de lã macio em cima do regaço e uma tarde de filmes de fazerem os olhos arder de tanto chorar. Parece uma coisa que se faz nos filmes, quando as actrizes principais são rejeitadas pelo seu grande e para sempre amor, trocando o chá por uma boa taça de gelado de morango... Mas é algo que faz parte cada vez mais do nosso quotidiano.
Para dizer a verdade, gosto bastante deste tempo. Traz-me uma sensação que não consigo explicar. Tentamo-nos manter quentes de todas as formas possíveis e imagináveis. Vestimos milhões de camisolas, três pares de meias, gorros, cachecóis e outras tantas coisas.
Mas é também nestes dias que a falta de energia se apodera de mim. É nestes dias que me sinto a desfalecer. Parece que quando a chuva me bate à porta, toda a fraqueza me avassala o corpo. Não é por isso que desgosto desta estação do ano. Lembro-me de ti... e de todas as recordações que fazem parte de ti. Relembro a sensação de ter os teus braços enrolados em mim quando não estás comigo, repito as tuas palavras em voz alta para poder senti-las vivamente. Estás distante, mas é quase como se estivesses do meu lado. Talvez.
Ao sair de casa, todos os locais por onde passo fazem-me lembrar-te. Fazem-me lembrar loucuras por que passámos... Momentos inesquecíveis. E é assim que vou sentindo a tua falta. Principalmente nestes dias, em que mais necessito do teu calor corporal e das tuas palavras. Bastava-me apenas um toque da tua mão na minha face e eu deixava que ter pele de galinha. Porque tu... Tu és diferente de todos os outros. Por completo. Mais ninguém é capaz de me fazer sentir como tu fazes. Porque é que vais embora nestes meses tão prolongados?
Quando voltares, vou-te fechar a sete chaves, juro.
Ando sem guarda-chuva, e quando as gotículas me começam a molhar a ponta do nariz eu não me importo. Caminhar à chuva, correr, dançar, saltar... é gratificante. O vento corta-me a respiração e gela-me os lábios. Mas vou continuando a fazer tal e qual como uma criança. Uma criança sem destino, sem horas de chegada, sem rumo, mas que te tem a ti. E neste momento, uma coisa que te queria pedir era que voltasses bem depressa. E vou rodopiando ao mesmo tempo que vou cantarolando o teu nome.
O Inverno podia ser nosso, apenas nosso. Mas simplesmente não é. Simplesmente e infelizmente.

17 comentários:

  1. Oh Fabiana, tem um jeito tão especial com as palavras. ADORO!

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  2. Lindo *-*

    Obrigada por me aturares a sério (L)

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  3. Adorei =)
    Escreveste tudo o que eu queria também ^^
    Vou seguir **

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  4. está tão perfeito, és mesmo boa nisso. tão verdadeiro!
    eu ♥-te melhor.

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  5. oh querida, tem sido e está a ser. muito obrigada, mesmo*

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  6. está lindo fabi, e que te aqueça sempre esse coração nos dias de inverno :)

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  7. Está tão bom de ler. O Inverno transmite muita coisa diferente. O coração parece estar mais leve mas cheio de nostalgia. Muita força querida *

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  8. Disseste a verdade tal como ela é, acredita. E obrigada.
    Sabe tão bem ler estes bonitos textos minha querida, cativas de verdade. Muita força para ti e que este Inverno te proporcione momentos de grande felicidad (:

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  9. acho que até é mesmo impossível. obrigada fofinha*

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  10. querida, podes-me dizer como consegues enviar comentários em itálico e isso? como tu às vezes me envias. :s

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