terça-feira, 20 de novembro de 2012

fallen in your ghost arms

Senti-me desolada e frustrada quando me apercebi que já não havia mais nada a fazer em relação a nós. Essa palavra, nós, nunca ia ser mais do que um par de pessoas que conversam na maioria das vezes sem fazer sentido, e que partilham uma amizade a que posso dar o adjetivo de estranha; apesar de ter tentado praticamente de tudo, nós nunca ia ser o sinónimo de dois seres que caminham lado a lado, não de mão dada literalmente, mas com os corações entrelaçados - apercebo-me agora, que não chegámos nem perto disso. Durante muito tempo estive cega - mas não nego continuar a está-lo - e achei que, juntos, podíamos ser tudo. Tinha esperanças que percebesses que somos perfeitos um para o outro (mesmo que isto soe a cliché), só que pelos vistos só eu é que conseguia compreender isso. Talvez porque não era verdade: mas no meu ente fazia sentido. E no momento em que escrevo estas palavras, elas continuam a fazer sentido, só que sei que não vale a pena. Os meus esforços nunca foram suficientes, e agora que praticamente me vou arrastando em vez de dar passos em frente, muito menos consigo o que quero. Ou queria? Ou quero? Não sei. Já não sei de nada. Sinceramente, acho que nunca soube - se tudo o que eu ansiava não tinha bases, tudo o que imaginei não foi mais do que outro mero capítulo nesta minha história onde o final ainda está longe.
Assim, deixo-me a dançar nesta corda-bamba, esperando um dia acordar e ter esquecido tudo. Por completo.
Eu própria já não faço sentido

5 comentários:

  1. Fui minada pela tua escrita!
    Estou a brincar... Os meus parabéns, escreves mesmo bem. Até as aulas de Estatística são mais suportáveis :)
    Beijinhos
    Catarina

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  2. És uma princesa e fazes todo o sentido. FORÇA <3

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