Ainda ando a tentar pôr um ponto final em todas as linhas que escrevi desta história interminável sobre o que fomos e o que somos, mas não tenho coragem. Sei que sempre haverá algo entre nós, mas que é como uma poeira que passa e volta. Vem tudo da minha imaginação. Tudo é nada, e hoje em dia para sempre é cliché.
Quem são essas pessoas que teimam dizer que amam sempre e para sempre? Oh, pois! Sou eu. Sou teimosa de coração; não esqueço o que me marca e relembro o que foi escrito nas páginas perdidas pelo vento, que decidiu por vontade própria espalhar as nossas linhas por esse mundo fora, sem o nome do autor no final. Por cada letra perdida nessas ruas abandonadas, foi tirado menos um dia ao meu viver. Eu depositava a minha vida ali, naquelas palavras que para muitos são maçudas mas que a mim... me dizem tudo. Tentei tirar a minha alma do fundo do poço, mas o que veio junto dela? Recordações. Nada mais do que isso. E quando me apercebi de que o peso que sentia nas costas era por causa delas, voltei a deixá-la ali, bem lá no fundo. Ando a tentar arranjar fôlego para mergulhar naquela água gelada, mais gelada ainda que esse meu órgão que permite o sangue viajar pelo meu corpo, e resgatá-la. Não há que nos temer a nós próprios. Mas há que ter cuidado! Quem se conhece sabe que não pode dar aquele passo, se sabe que esse irá levar a outro e a outro. Podemos dar passos de gigante, mas ainda mais de caranguejo - e eu tenho receio, porque não quero regressar. Quero olhar em frente, e ter a bravura de seguir a direção certa sem me massacrar muito. Mas falta pouco. Eu sei que falta.
Adorei.
ResponderEliminarMuito obrigada.
ResponderEliminarpois falta, muito muito pouco.
ResponderEliminarATÉ LOGO! ly so much
oh princesa que olha, vais mesmo conseguir <3
ResponderEliminaridentifiquei-me muito com este texto, muito bonito Fabiana ^^
ResponderEliminarOh, que linda és! <3
ResponderEliminaré verdade ...
ResponderEliminarbeijinhos fabiana