domingo, 31 de outubro de 2010

hugs aren't free

abraça-me meu amor, abraça-me por todos os dias em que te foste embora e por todos os dias em que me vais deixar sozinha. abraça-me por todos os nossos momentos que não aconteceram e por aquelas palavras que calaste na tua garganta. abraça-me bem. abraça-me a toda a hora, em todo o lugar, de todas as formas e feitios, mas abraça-me. abraça-me para me deixares feliz, para eu sentir que estás comigo, para eu sentir que me amas. abraça-me enquanto choro, enquanto rio, enquanto durmo, enquanto estou zangada, que eu prometo que também o faço.
abraça-me no meio da chuva, à beira-mar, dentro do carro, debaixo dos lençóis, no meio do supermercado, na última fila da sala de cinema. abraça-me para eu sentir que existes, para eu te abraçar também, para te encaracolar o cabelo, para te tocar no pescoço, para te apertar contra mim. abraça-me...
abraça-me e eu saberei tudo. abraça-me e eu sentirei tudo. sei lá, abraça-me. abraças-me?
enquanto eu estiver a vangloriar a chuva à janela, abraça-me. enquanto estiver a ver a telenovela, abraça-me. enquanto estiver a ler, abraça-me. e quando quiser estar sozinha, não me abraces apenas. abraça-me e diz que me amas.
os teus abraços são a coisa mais preciosa do mundo, e será que todas estas coisas serão desperdiçá-los? não. apenas aproveitá-los o mais que posso.
por isso, abraça-me.

2 comentários: