terça-feira, 21 de setembro de 2010

letter number 12: to the person I hate the most and who caused me a lot of pain

podes não ser bem uma pessoa, mas a destruição que provocas... nem o humano mais malvado conseguiria provocar.
és exagerada, um traste. do melhor que tenho na vida, roubaste-me parte. fizeste-me e continuas a fazer-me feridas quando passas por mim à velocidade da luz. és poderosa mas ao mesmo tempo fraca, porque no meu caso, não conseguiste apagar a chama, conseguiste atea-la ainda mais e deste-me vontade de ser mais forte e corajosa; fizeste com que eu tivesse a certeza de sentimentos que há muito tentavam esconder-se entre os meus poros. nisso, tenho a agradecer-te em parte, a odiar-te por outra.
é difícil viver contigo à espreita por debaixo da minha cama todos os dias. raramente me esqueço de ti, sabes? és como algo asqueroso a que tenho de dar a mão todos os dias. porque para ter quem mais amo do meu lado preciso de saber lidar contigo e com os teus dilemas. gostas de fazer as pessoas sofrer, não é? quem te inventou devia ser exterminado por completo, e os seus descendentes com atitudes masoquistas para com o seu coração também. todos nós temos possibilidades de te ultrapassar, há opções... mas nem sempre são as melhores. são difíceis, árduas. e, pior de tudo, deixam-nos com sequelas graves. tanto elas como as feridas nos deixam cicatrizes eternas: nunca mais se apagarão do nosso âmago. às vezes parece que nem as sentimos mas um dia mais tarde elas voltarão para nos infernizar a vida.
és mais forte do que todos nós juntos e bons de saúde, pois deixas-nos os neurónios em papas. «porque existe tu, maldita? porque fazes com que o meu amor não possa ser também carnal?»
és horrível. muitas vezes destróis tudo o que há de bom em nós para dar lugar à dor e ao sofrimento. e o melhor de tudo é que te sentes bem com isso. sentes-te feliz por deixar duas almas gémeas a vastos espaços de um abraço. só queres saber de ti e apenas queres existir, mesmo que isso custe a vida e a felicidade de muitas pessoas.
mas eu tenho tudo planeado. um dia, vou vencer-te. vais ver que sim. e nesse dia, vais saber como se escreve o meu nome.

para ti, distância

6 comentários:

  1. está autêntico. está fabuloso. adoro *

    estou como a Jo. é muito feia mesmo :x

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  2. "Na linguagem corrente, distância é a medida da separação de dois pontos."

    ás vezes as definições são tão injustas. distância é muito mais do que isso e só quem sente é que sabe.

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