terça-feira, 20 de julho de 2010

perto de ti?

estou agora aqui sentada, numa praia só minha, com os pés a serem cobertos pela água do mar. são sete da tarde, e não está aqui mais ninguém para além de mim e das gaivotas. as ondas rebentam nas rochas da paredão e fazem um barulho magnífico, que com o som das gaivotas se torna perfeito.
vem uma brisa do mar que me arrasta o cabelo para as costas: é pura, faz-me sentir mais nova, rejuvenescida. estou embrulhada na minha toalha enquanto escrevo estas palavras e o meu coração está preenchido; o lado esquerdo do meu peito não tem espaços vazios mas mesmo assim... eu não me sinto completa por todo. a pessoa mais importante da minha vida, a qual amo por mim e por todas as pessoas que se possam imaginar, a que é mais de 75% do meu corpo, está a mil e uma distâncias de mim. é que este momento era perfeito para ti e para mim, não achas? um areal inteiro para nós, para caminharmos à beira-mar de mãos-dadas; um mar inteiro por nossa conta para nos amarmos por cada gota de água salgada e para saborearmos a sua baixa temperatura.

agora a maré já está a subir, e o mar começa a chegar-me perto dos joelhos, e eu continuo aqui... à espera que as minhas palavras formem uma tempestade que te traga para mim. como se isso fosse possível.
sabes o que era mesmo perfeito neste momento? sentir a tua mão no meu ombro, ou um sussurro teu no meu ouvido. mas não vale a pena continuar a pensar nisto. agora, vou embrulhar esta carta com uma tulipa e vou deixá-la aqui, exactamente onde estou, com a esperança de que o mar eternize o que aqui digo: o meu amor por ti, o quanto sinto a tua falta quando não posso falar contigo, o quanto é injusto não poder estar contigo a todos os segundos. talvez ele veja as circunstâncias... e te traga até aqui.


meu amor, sabes que te amo para sempre, não sabes?

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