domingo, 20 de junho de 2010

carousel of love,


i want to travel with you
because you take me to the other side of the world,
and more than everything
you make me feel alive,
like when a child looks at your horses for the first time.


as palavras escritas noutra língua, parecem sempre mais poéticas.
mas agora, vou escrever para ti na língua com a qual me entendo melhor...

sabem quando no meio dos nossos sonhos nos sentimos cair? que parece até que o coração nos salta pela boca fora? é nesses mesmos momentos que me sinto viajar verdadeiramente. como se fosse necessário um pouco de adrenalina para me sentir viva. como se todas as outras viagens fossem inúteis e não significassem nada para me compor.
e é por isso que achamos sempre que precisamos de amar para nos sentirmos alguém. trocando isto por miúdos: para conseguirmos ser felizes necessitamos de alguém que nos diga «amo-te» todos os dias.
e é por isso que em todos os dias que passamos nós somos crianças. um enorme grupo de crianças que só quer um rebuçado para serem felizes. daquelas que se sentem sós e que precisam de um amigo a cada dia da semana para brincarem e se sentirem completas.
quem é que não se lembra da primeira vez que andou num carrossel? quando os nossos olhos vislumbraram todas aquelas cores luminosas, aquela música tão apetecível que quase a devorávamos com os nossos ouvidos, a vontade de saltar para cima de um dos cavalos dignos de príncipes e de princesas e voarmos pelo infinito. ou para infinito... essa é uma das partes das quais não me lembro muito bem.
nós somos as crianças, e o nosso grande amor é o rebuçado - que nos regala o coração, que nos suaviza a boca, que nos dá forças, que nos faz querer mais e mais.
entremos então todos para o carrossel; viajemos para ou pelo infinito (é à escolha). mas o mais indicado é o tal, o que está na cabecilha de toda esta trama: leva-nos para lugares que nunca pensámos passar, a sensações que nunca pensámos sentir, a coisas que nunca pensámos ver.
mas faz-nos felizes. mais na primeira vez, não é verdade? depois, torna-se repetitivo. tão repetitivo que nos cansa.
é por isso que dizemos que o primeiro amor é sempre o mais forte, o mais verdadeiro. tal como a primeira volta no carrossel: a mais fantástica, a mais divertida, a que fica sempre na memória, por ser algo novo.
não é mais fácil ficarmos de fora a observarmos as crianças e lembrar-nos do quão foi boa a sensação de entrar pela primeira vez nessas voltas e revoltas de sentimentos? demos a vez aos outros. a felicidade é precisa em geral.
e o amor também.

1 comentário: