domingo, 6 de novembro de 2011

como sempre

Não é sequer o medo de não te voltar a ver. Isso, sei ser impossível. Ainda te hei-de ver muitas vezes na minha vida, ainda me vou enrolar mil e uma vezes nos teus braços. Nem que para isso tenha de mudar a minha própria vida; talvez daqui a uns anos os nossos caminhos se voltem a cruzar e - disto tenho a certeza - quando eu passar por ti não vou olhar para ti como um mero desconhecido. Vou gritar, vou correr e vou saltar para o teu aconchego.
Há dias em que o meu pensamento pouco vai de encontro com a tua imagem, com as saudades que tenho tuas, com o quão longe estás... Há dias que nem me lembro disso. Penso que ainda estás ali, bem mais perto de mim que agora, e que basta pouco para te poder contactar. Mas é mentira. Estás mais longe do que alguma vez poderias estar! Tocar-te na pele é impossível, e é por isso que opto por te tentar tocar no ente, no ponto fulcral onde sei boiarem pedaços de mim. Não os deixes desaparecerem, meu pequeno. Não deixes.
De momento a momento, também posso deixar o meu coração e a minha própria alma enlouquecerem, darem-me vontade de me atirar ao mar e chegar até a ti: se levasse a tua voz como alimento, chegaria num piscar de olhos. Mas porque continuo a teimar no que já há muito não me pertence? Preocupo-me. Queimo os braços com as minhas próprias unhas deixando as cicatrizes dessa dor, para assim não relembrar a dor que sinto no lado esquerdo do peito por não ter a tua mão sempre dada à minha.

2 comentários:

  1. não há ninguém que escreva melhor do que tu. adoro!

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  2. não sei como consegues escrever tão bem. és perfeita e tens mais força do que imaginas. AMO-TE

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